➡Entrevista ao Vereador Paulo Urbano da C. M. de Oleitos – Município convidado da FIA Lisboa 2022
Este concelho da Beira Baixa traz consigo a tradição e todo o saber e fazer Oleirense, com destaque para o linho, as esculturas em ferro e pedra, a filigrana e as composições com pedras da ribeira.
Oleiros é o Município convidado da FIA 2022. O que vamos encontrar no espaço do município nesta que é a grande mostra de artesanato do nosso país?
Vamos estar representados com quatro artesãos que irão promover todo o saber-fazer Oleirense. É o caso do linho, das esculturas em ferro e pedra, da filigrana em arame ou das composições com pedras da ribeira. Com o seu trabalho ao vivo e com a tradição que neles se encerra, o concelho de Oleiros volta a afirmar-se nesta grande mostra.
“O artesanato produzido em Oleiros é entendido, todo ele, como um produto de excelência. Fruto de séculos de tradição.”
Qual o produto de artesanato provindo de Oleiros que mais se destaca?
O artesanato produzido em Oleiros é entendido, todo ele, como um produto de excelência. Fruto de séculos de tradição, o linho que aqui é produzido e tecido, merece um grande destaque e tem o reconhecimento nacional e internacional. Nesse sentido, implementámos no território um itinerário temático que percorre dois centros interpretativos dedicados a esta temática. No entanto, não podemos deixar de referir outras áreas, fruto da criatividade das nossas gentes ou do nosso potencial de atração e captação de artistas de renome que encontram em Oleiros ótimas condições para se estabelecerem.
A gastronomia também pode ser considerado um “outro artesanato”. Vamos poder experimentar os sabores de Oleiros na FIA 2022?
Com a nossa participação pretendemos divulgar o que de melhor se produz neste concelho da Beira Baixa. A gastronomia é outro dos nossos pontos fortes, com o Cabrito Estonado a encabeçar toda uma panóplia de iguarias que têm atraído inúmeros gastrónomos a esta região. Nesse sentido, quem visitar o nosso stand terá a oportunidade de agendar um roteiro gastronómico imperdível com passagem por saberes tão distintivos como o afamado cabrito, mas também o histórico Vinho Callum, a típica “medronheira” ou a Broa da Isna, apenas para referir alguns.
“Com a nossa participação pretendemos divulgar o que de melhor se produz neste concelho da Beira Baixa. A gastronomia é outro dos nossos pontos fortes (…) quem visitar o nosso stand terá a oportunidade de agendar um roteiro gastronómico imperdível.”
Participar na FIA Lisboa é dar “palco” aos artesãos de Oleiros? Assume especial importância no pós-pandemia?
Sem dúvida. Esta é uma experiência que tem enriquecido os nossos artesãos, não só porque encontram aqui uma montra de excelência para a sua promoção e das suas criações, mas também porque no contacto com o público ou com os restantes expositores se inspiram, com ganhos significativos para o seu processo criativo.
Anualmente, a sua motivação para participar é enorme. No decorrer dos vários anos foram estabelecendo contactos e amizades. Depois de dois anos de interregno, devido à pandemia, estes nossos “embaixadores culturais” sentem a falta de voltar ao contacto direto com o público e com os seus pares, bem como a este tipo de eventos tão positivos para a sua arte.
Qual a importância de participar em feiras de artesanato?
A aposta do Município de Oleiros no Artesanato é evidente e neste momento estamos a constituir uma Rede de Artesãos, apoiando e valorizando os artistas locais, mas também atraindo novos artesãos que se têm estabelecido no concelho. Refiro, por exemplo, a comunidade estrangeira que tem acrescentado valor ao produto artístico que aqui é gerado e que mensalmente se reúne num certame local que começa a ganhar nome e que para além de um motivo de convívio, tem revelado enorme talento.